9.3.10 Beetlejuice (1988)

Na morte, o mau humor não existe!

Beetlejuice, Beetlejuice, Beetlejuice”, é o suficiente para invocar o homónimo espírito, um ser defunto repugnante, mal-educado e sem tento na língua que faz da vida (após morte, é claro!) um longo trabalho de “bio-exorcismo”, ou seja expulsar os vivos nos dominios dos mortos. Os recém falecidos Maintland irão recorrer aos seus serviços após verem a casa que viveram ser habitada por novos residentes, porém sendo fácil de chamar Beetlejuice, o mais difícil é mesmo livrar dele.
Originalmente escrito como um filme de terror, Beetlejuice foi concebido pelo cineasta Tim Burton numa comédia de teor gótico que utiliza o tema de vida pós morte numa consequência de satirazação. Michael Keaton veste a pele do “irrequieto” e malicioso Beetle Juice, numa caracterização hilariante e fabulosa, o mesmo se atribui á transformação do actor para esta grotesca personagem (lembremos que Beetle Juice venceu o Óscar de Melhor Caracterização em 1989), após este bem sucedido trabalho, Keaton voltaria a trabalhar com o autor, um ano depois, no grande sucesso Batman e sua sequela.
Uma história simples e sempre divertida, Beetle Juice marca pontos pelos seus dotes visuais, como já referi a caracterização, até mesmo os cenários góticos e caricaturalmente macabros (grande valia de Burton) e os efeitos especiais como o animatronica serpente, no campo sonoro, destaca-se a exuberante e negra banda sonora de Danny Elfman (o inicio de uma longa colaboração com Burton). Uma juvenil Winona Ryder, um igualmente jovem e carismático Alec Baldwin e Geena Davis no auge, completam o elenco desta comédia macabra em que os fantasmas têm tanto sentido de humor como nós, os vivos. Um Tim Burton nos anos-verdes, com muito para aprender, mas talento suficiente para mostrar.  PS – em 1989 a 1991 foi produzido uma popular série animada sobre o personagem.
Real.: Tim Burton
Int.: Michael Keaton, Winona Ryder, Alec Baldwin, Geena Davis


    


A não perder – Um dos filmes chaves da entidade de Burton

O melhor – Michael Keaton no seu melhor
O pior – apesar de tudo, não ficar na memória

Recomendações – Scrooge (1988), Mars Atacks! (1996), Ghost Town (2008)

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